sábado, 2 de agosto de 2014

Xl MOTO CAPITAL



No encontro do Clube da XT 600 em Prudentópolis no Paraná, a Manja e eu combinamos com o Alfredo, Sylvia, Fefeu e Jorginho a nos encontrarmos em Brasília. No Moto Capital de 2014. Foram dias de muita expectativa até chegar à partida. A princípio iríamos sós, embora eu e a Manja decidimos evitar viagens longas sós, por uma série de razões e uma delas,e a principal, é a idade, afinal o tempo passou e já não temos toda aquela força pra levantar uma moto caso ela resolva se deitar em uma parada pra uma foto.
Arno e Maria estavam também programados pra irem, com outro amigo, mas ele não pode. No facebook descobri que eles iriam e combinamos viajar juntos. Foi uma maravilha. Passamos dias maravilhosos, fazendo o que gostamos ou seja, andar de moto e rir muito.
Pronto. Agora estávamos mais ansiosos ainda pela partida, afinal seria a primeira viagem juntos. Conhecíamo-nos há muito tempo, mas, passar dez dias em uma viagem que em determinadas situações pode ser estressante é diferente. Felizmente, se existem pessoas fáceis de conviver posso afirmar que esse casal é um deles.
Depois de alguns contatos e acertos de partida, ficou acertado que iríamos adiantar nossa partida  em um dia  e para isso iríamos ficar na casa deles e assim sairíamos pelo centro do nosso Estado, eles moram em Santa Maria-RS. Tudo acertado e o sábado custou a chegar, mas, finalmente dia 26.07.14 chegou, almoçamos e partimos rumo a casa deles. Claro que já na expectativa da viagem. Sabe? Aquele friozinho na barriga, aqueles barulhinhos que agente sempre escuta na moto quando se inicia uma viagem. Mas apesar da ansiedade foi tudo tranquilo e à tardinha estávamos na casa do Arno e Maria. Foi uma previa que nossa viagem seria uma maravilha. Logo após nossa chegada, chegou o Fabiano filho do casal e nosso Amigo. E já começou um belíssimo churrasco (o cara é muito bom assador), tivemos também o prazer de conhecer Henrique filho de Arno e Maria pessoa fantástica. Henrique é aquela pessoa que parece que agente conhece há muitos anos. Nosso vizinho. Pô! Que inicio de viagem, já não tinha mais lugar para friozinho na barriga, para ansiedade, nossa viagem já era festa. E daquelas com bons Amigos, churrasco maravilhoso e vinho Argentino espetacular. Foi difícil pra irmos deitar, mas, logo que nos deitamos dormimos (Não teve lugar para ansiedade de pré-viagem, aquela que faz agente custar a dormir.) e já chegou a manhã de domingo e foi tudo tão rápido que quando nos demos conta já estávamos na estrada e tudo muito natural.
Primeiro dia de viagem. Saímos da casa do Arno e fomos ficar em Irani no Estado de Santa Catarina. Tivemos um imprevisto. Um trecho de estrada (BR 153) interrompido e por esta razão mudamos o percurso tendo que atravessar para o estado vizinho pela barca em Marcelino Ramos. Da barca agora em Santa Catarina, entramos por uma estrada de chão, muito ruim, porque caminhões tiravam lenha do mato e com a chuva que tinha acontecido dias antes a estrada estava bastante ruim, mas, como nossas motos são off-road não foi tão difícil e tivemos a compensação de paisagens maravilhosas. Primeiro dia maravilhoso.
Segundo dia, saímos de Irani e fomos ficar em Itararé-SP. Mais um dia com surpresas. Desta vez foi um trecho de estrada (BR 153, de novo) interrompido fazendo que nós novamente fôssemos literalmente pro mato. Andamos alguns quilômetros por dentro de uma estrada muito estreita e dividindo com carretas, mas, de novo fomos recompensados por belíssimas paisagens e mais um dia maravilhoso, com muitas brincadeiras e risos.
Terceiro dia, saímos de Itararé-SP e fomos ficar em Orlândia-SP. Mais um dia maravilho, porque os amigos do Arno Daniel e Mara foram encontra-los em um posto de gasolina em Piracicaba-SP para matar a saudades e com isso nós tivemos a oportunidade de conhecê-los. Mais uns quilômetros e chegamos a Descalvado-SP e lá estava esperando o Arno e Maria o Flávia, amigo que eles fizeram em uma viagem pelo Chile. Foi muito legal, porque nós temos um amigo em comum com o Flávio, esse amigo é o Dutra, aqui de Rio Grande. São as boas surpresas que o motociclismo nos proporciona. Muita prosa com o Flávio e ele nos acompanhou por alguns quilômetros. E nós encerramos o dia em Orlândia – SP. Mais um dia positivo, fizemos amigos.
Quarto dia, saímos de Orlândia-SP e fomos ficar em Brasília. Em Catalão nos demos conta que estávamos adiantados em um dia e por esta razão não tínhamos hospedagem, porque a entrada no hotel seria só no dia seguinte. Mas prontamente o Arno, Ligou para o Henrique pedindo para que ele entrasse na internet e conseguisse um hotel para nós, não foi fácil, mas ele conseguiu, só que ao chegar no hotel Vila do Lago eles dispunham somente de um quarto e não dois como eles tinham reservado. Mas o Arno e a Maria sempre tinham uma carta na manga. Ligaram para o Francisco Faggion um amigo deles em Brasília que podia hospedá-los e dentro de poucos minutos ele veio nos encontrar levando-os para sua casa e nós ficando com o quarto disponível. Pronto! Tudo certo. Como diz a Manja é só não se apavorar que tudo dá certo e assim mais um dia maravilhoso.
Quinto dia cedinho Arno, Maria e o Francisco estavam em nosso hotel Vila do Lago, nós já estávamos prontos e da li fomos para a Granja do Torto local onde estava acontecendo o MOTO CAPITAL. Fizemos nossa inscrição passeamos um pouco, encontramos amigos e fomos para o hotel encontrar os amigos que viriam do Rio de Janeiro o Alfredo e a Sylvia e os Amigos de Espírito Santo, Jorginho e Fefeu e suas esposas. Foi uma festa tão boa quando os encontramos, valeu o encontro.
Havíamos combinado com o Arno e a Maria voltar de noite para o local do encontro e assim fizemos. Passeamos mais um pouco no evento e voltamos pro hotel, com mais um dia maravilhoso na bagagem.
Sexto dia, tomamos o café bem cedinho e fomos passear na cidade. Quase todos já conheciam Brasília, menos eu. Pra mim não foi nada de surpresa, era mesmo como eu imaginava. Uma das poucas coisas que me incomodou, foi o transito, em determinados pontos muito engarrafado e muita falta de respeito. Povo imprudente, prepotente, claro que não estou falando do candango. Esses são pessoas simples, educadas. Estou falando de transito daqueles que se acham.  Mas enfim era tudo novo pra mim. Depois do passeio fomos para o Moto Capital e ali se foi mais um dia. Muito bom. 
Sétimo dia, mais um passeio. Conheci o Museu de Juscelino Kubitschek, esplanadas dos ministérios, Catedral Metropolitana, Palácio do Planalto, Palácio da Alvorada e depois fomos almoçar com o Francisco amigo do Arno em um restaurante nordestino o Mangai,  pra mim o nome não sugere muito nordeste, mas, sei lá, que a comida era muito boa isso era. E para ficar melhor nosso almoço foi toda turma. Francisco foi super atencioso conosco e com todos nossos amigos. Foi um almoço que não estava na programação. Muito bom mesmo. Muito obrigado ao Francisco e sua esposa pela atenção. Saímos do almoço e fomos conhecer o lago Paranoá e a ponte JK e depois voltamos para a Granja do Torto. Tinha muita gente e muita moto. Na noite haveria um show da Blitz, mas, como normalmente é muito tarde e nós iríamos viajar no domingo cedo, combinamos em não ir, só que quando estávamos programando para voltar ao hotel escutamos alguém afinando uma guitarra no palco principal, decidimos conferir e era nada mais, nada menos que os componentes da Blitz passando o som. Tivemos uma prévia do show que por sinal muito legal. Depois de umas oito músicas eles encerraram a passagem de som e nós voltamos para o hotel muito felizes.
Oitavo dia. Um dia muito ruim porque era o dia da volta e, portanto, depois de um belo café no hotel tínhamos que nos despedir do Alfredo, Sylvia, Fefeu, Jorginho, Arcebidio e da Eliane esposa do Arcebidio. E logo pegamos a estrada e nesse dia fomos ficar em São José do Rio Preto em São Paulo. Lá o Arno combinou em encontrar o Luiz Antônio Arakaki. Luiz é amigo do Arno. Proprietário de uma revenda Yamaha e gosta muito de viagens de moto. Agora viaja com uma Super Ténéré 1200. O curioso que ele viaja quase sempre só. Foi muito legal quando Arno o contatou dizendo que iríamos ficar em Ribeirão Preto ele estava em viagem a mais de cem quilômetros da cidade, voltou para se encontrar conosco e ficou no mesmo hotel que nós para jantarmos juntos. Prosearmos bastante e fomos dormir com promessas de nos encontrar em breve.
Nono dia. Nosso objetivo era Foz do Iguaçu, pois eu e a Manja não conhecíamos as cataratas. Em Cascavel o Arno e a Maria nos deixaram e foram visitar uma prima, já que conheciam bem Foz Iguaçu. Partimos para Foz, mas, por prudência resolvemos ficar em Santa Tereza do Oeste-PR em um hotel chamado Hotel da Amizade a uns cem quilômetros antes de Foz. A noite chegou em Cascavel e o transito era muito intenso e já estávamos cansados.
Décimo dia: fomos direto para o hotel Três Fronteiras, recomendado pelo Arno. Chegando ao hotel reservamos um apartamento pra eles também, pois à noite nos reencontraríamos. Passeamos bastante nas cataratas, elas são muito lindas é uma demonstração de força da natureza é muita água, claro, temos que considerar que chove muito naquela região, mas, pra nós foi uma benção ver aquilo tudo. Conhecemos também o Parque das Aves indicação do Amigo Leno, onde se pode passear entre elas, até mesmo tocar em algumas e tem muitas espécies. Voltamos para o hotel e encontramos o Arno e a Maria, fomos jantar em um restaurante que eles costumam frequentar muito bom. Foi mais um dia maravilhoso.
Décimo-primeiro dia,saímos de Foz pela Argentina. Passamos por vários lugares lindíssimos, atravessamos para o Brasil em Porto Mauá e fomos direto para casa do Arno em Santa Maria. Nesse dia choveu muito. Chegamos muito cansados. Assim que chegamos não demorou muito chegou o Fabiano e logo tivemos pra janta um belíssimo galeto com vinho argentino (como diz um amigo e companheiro de viagem o Juvenal lá do Rio de Janeiro: - Vida boa pena que agente morre. Esse é filósofo!). Quando nos demos por conta era 00.15 h, puxa para quem dorme as 9.00 h. Mas quando se esta com Amigos o tempo não nos respeita. Voa. É assim mesmo. 
Décimo-segundo dia. O pior dia de todos. Dormimos até tarde, coisa que não é comum. Acordamos com uma ligação da Lili. Levantamos e a Maria e o Arno já estavam fazendo café. Proseamos mais um pouco agora com a companhia do Henrique o outro filho do Arno e da Maria. Puxa! Temos que ir embora, mas como? Com uma prosa tão boa e Amigos tão especiais. Finalmente tomamos coragem e fomos pras despedidas. Despedidas é sempre ruim, mas, como dizia meu velho e mestre Avô:- Temos que ir para poder voltar. Então fazer oque? Vamos lá. Ligamos a moto e partimos. Nos abanamos só na saidinha. Juro que não olhei pelos espelhos até dobarmos a rua. Paramos em um posto para abastecer, agora nós estamos sós depois de dez dias com os Amigos e por isso estávamos em silêncio. Não tínhamos mais as brincadeiras (dá-lhe pau Marcos) na hora de parar. Abastecemos, pegamos a estrada e depois de alguns quilômetros falei pra Manja e aí não vamos conversar esta me dando sono. Proseávamos, mas, nos faltavam os Amigos. Olhar nos espelhos da moto estava muito ruim porque não os víamos mais, agora a imagem deles era só na lembrança. Então vamos olhar pra frente e programar outros passeios que por certo virão.
Só nos resta agradecer aos Amigos, Alfredo e Sylvia (pessoas especiais) que se dispuseram ir do Rio de Janeiro até Brasília para passar o Moto Capital junto conosco. Agradecer também ao Fefeu, Jorginho e suas esposas (pessoas maravilhosas). Apesar de convivermos há pouco tempo já deu pra ver que são diferenciados) que também se dispuseram a ir de São Mateus no Espírito Santo até Brasília para nos encontrar. O agradecimento especial é para o Casal Arno e Maria que nos aturaram por dez dias na estrada. Vocês todos são maravilhosos e moram em nossos corações.

2 comentários:

  1. Amigos Serra e Manja, beleza de viagem !!! Lendo seu belo relato, pintou uma nostalgia danada aqui e me deu saudades dos nossos 7.000 kms juntos no ano passado por 9 estados do Brasil do Rio a Jericoacoara, dos nossos cafés da manhã, dos almoços juntos na estrada, das risadas no final de cada dia com as brincadeiras do Jubinha, dos passeios, enfim, de todos os momentos bacanas que vivemos por 23 dias de muitos kms e inúmeras histórias, que espero repetir um dia em uma nova aventura de moto....Grande abraço meus amigos Serra e Manja !!!

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    1. Grande Gil! Realmente nossa viagem foi maravilhosa. Vocês também foram companheiros que nos deixaram saudades. Ainda faremos outras viagens juntos. Um abraço.

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